Quantas vezes você já notou que, em picos de estresse ou ansiedade, o seu cabelo tem tendência a cair? Ou a dermatite toma conta da sua pele? Esses sintomas são relativamente comuns e não estão isolados, mas você sabe por que isso ocorre?
Como a sua pele reflete em situações de instabilidade emocional, seja estresse, ansiedade, depressão, entre outros, está relacionada à conexão entre o sistema nervoso e a epiderme. Mas o que isso significa?
A ligação entre a mente e a pele vem desde a formação do feto durante a gestação. Por exemplo, para irmos mais além, precisamos compreender que nosso corpo é formado por três fases embrionárias, sendo:
01 — Endoderma: é a fase em que o sistema respiratório e os órgãos do sistema digestivo são formados.
02 — Mesoderma: nessa etapa, temos a formação dos ossos, músculos, derme (a parte que fica abaixo da superfície da pele), sistema circulatório (responsável por transportar o sangue em todo o corpo) e sistema reprodutivo.
03 — Ectoderma: fase em que é estabelecida a estrutura do sistema nervoso, além da epiderme, que é a camada externa e visível da pele.
Ou seja, compreendemos que, desde a gestação, todas as partes do corpo se conectam de alguma forma. Por isso, em picos de estresse, quando seu sistema nervoso está sobrecarregado, sua pele é diretamente afetada.
Mais exemplos dessa relação são observados em diversas situações, como quando ficamos envergonhados e sentimos nossas bochechas corarem ou até mesmo ficarem levemente aquecidas. Outro exemplo é quando sentimos prazer e a pele se arrepia, o que também acontece quando sentimos medo.
Mas não é apenas o sistema nervoso que interfere na pele; a pele também reflete sintomas em nossas emoções. Por exemplo, quando a pele não está esteticamente agradável, isso pode gerar sensações de desconforto, insegurança e deixaria só a sensação de desconforto e insegurança.
Por isso, o termo psicodermatologia vem ganhando cada vez mais espaço no mundo, especialmente no Brasil. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil registra o maior índice de pessoas com transtorno de ansiedade, atingindo 9,3% da população.
Apesar de existirem diversos fatores que colaboram com essa questão, é importante ressaltar que o cuidado para manter a conexão entre mente e pele alinhada começa na terapia e se estende a uma rotina de skincare que traga produtos que auxiliem na saúde mental.
Mas isso existe? Sim! E eles se chamam neurocosméticos! Ainda existem poucos produtos com essa função no mercado, mas dermatologistas e psiquiatras já caminham para expandir esse tipo de cosmético, que busca trazer experiências sensoriais e composições que proporcionem relaxamento e felicidade ao entrarem em contato com a pele.
Sai de cena a obsessão pela rotina de skincare perfeita e entra um combo equilibrado que mescla saúde mental com uma rotina de beleza que traz bons resultados.
Lembre-se de que cuidar de si é cuidar da mente, da pele, da alimentação e de todos os pilares que, unidos, proporcionam bem-estar e qualidade à sua saúde.
Fontes: